Peguei a Rodovia BR 470, sentido Rio do Sul, passando por Blumenau/SC (SC 421), chegando na BR 101 em direção à Itapoá/SC.
Pense em uma estrada ruim... pensou? Agora multiplique por cinco. Esse é o estilo das estradas de Santa Catarina. São poucas e raras as recuperações das mesmas. Abaixo um exemplo, capturado pelo Google. Não dava nem para parar a motocicleta para bater fotos, nem acostamento adequado possui a rodovia.
Abasteci no topo da Serra São Miguel, sentido BR 101, completando o tanque:
Como eu saí muito tarde de Curitibanos, metade da jornada se deu à noite, então, vamos às dicas para pilotagem noturna:
a) A velocidade de jornada deve ser reduzida em, pelo menos, um terço da velocidade de pilotagem durante o dia. Ou seja, se costuma percorrer um trajeto a 80 km/h, deve, à noite, reduzir para +-60 km/h, pois as surpresas nessa ocasião certamente serão maiores;
b) Atenção redobrada nas curvas, nem precisa ser comentado, uma vez que os buracos podem não ser iluminados adequadamente pelo farol da motocicleta;
c) Alguns animais de pequeno porte, tais como roedores, costumam sair da toca para caçar e, muitas vezes, cruzam a estrada e são atropelados (espero que não por você), deixando sujeira na pista, capaz de derrubar sua máquina;
d) Nunca olhe diretamente para o farol do veículo que segue em direção contrária. Isto pode causar a cegueira momentânea, porque a pupila se contrai rapidamente e demora para voltar a normalidade. A sugestão é manter a cabeça na posição de pilotagem, virando levemente os olhos para o seu lado direito, mas, mantendo o foco na estrada. Isto evita que a luz do faro incida diretamente em seus olhos. Também auxilia muito fechar levemente os olhos, mantendo entreabertos, com uso dos cílios para reduzir a luminosidade. À esta forma de olhar chamo de "olhar de desconfiança".
e) Procure se orientar pelas faixas da pista, mantendo sempre o padrão, sem cruzar de um lado para outro;
f) Não use luz alta se estiver cruzando veículos ou andando na rabeira de outra moto. Não há dúvidas de que esse procedimento prejudica muito a pilotagem, causando cegueiras temporárias e acidentes;
g) Pilotagem noturna com neblina: se já é necessário reduzir um terço da sua velocidade por ser noite, imagine se não deve reduzir mais ainda em caso de neblina. Claro. Reduzir mais ainda, cerca de 40% da velocidade normal estimada.
h) Nada de ultrapassagens fora dos locais apropriados e com maior cautela ainda.
Um pequeno trecho filmado da minha câmera, ao por do sol, partindo de Leblon Regis/SC em direção à Blumenau/SC:
Nesta jornada percorri 368 km.
Acompanhe o vídeo dessa jornada em Relive: https://www.relive.cc/view/rt10003401189
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